No Dia Mundial do Livro, comemorado nesta quarta-feira (23), quem ganhou destaque entre as prateleiras da Biblioteca Municipal Professora Dioguina de Moraes Bertone foi Rafael Furtado, de apenas 10 anos, aluno do 5º ano, que já leu quase toda a coleção Diário de um Banana — e com um brilho nos olhos que emociona até os mais experientes leitores.
“Passo a maior parte do meu tempo lendo. Em até dois dias devoro as 200 páginas do meu livro favorito, que é Diário de um Banana. Já estou no volume 18, estou esperando devolverem o 19 pra continuar a sequência. Se lançar o 20, eu irei madrugar aqui!”, contou sorrindo Rafael. Ao falar sobre seu volume preferido, ele é direto: “Dos que eu li, o que mais me prendeu foi Bons Tempos, porque tem bastante coisa engraçada e lembra os momentos que eu vivo com os amigos...”
A leitura, para Rafael, é muito mais do que passatempo. É conexão, identificação, riso e descoberta — tudo aquilo que a Biblioteca se propõe a oferecer para toda a população de Vera Cruz.
O espaço não se limita aos livros: os visitantes também podem usar os computadores para estudar, montar currículos, fazer pesquisas escolares e acessar conhecimento em diversas formas. E o acervo só cresce! Em 2024, mais de 300 exemplares foram doados pelo Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas (SISEB), e há previsão de chegada de mais 150 livros no segundo semestre de 2025.
No início de abril, a Prefeitura de Vera Cruz adquiriu a coleção completa de Diário de um Banana, um verdadeiro sucesso entre os pequenos leitores. E as novidades não param: em breve, a Biblioteca receberá um novo acervo por meio do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD).
A bibliotecária Claudia Plates ressalta que a participação da comunidade também faz diferença. “Recebemos doações de munícipes, desde que os livros estejam em bom estado e sejam de literatura, seguindo os critérios do Decreto Municipal nº 4010/2022”, explica.
Entre os autores mais procurados na biblioteca estão os clássicos nacionais e internacionais como Machado de Assis, Maurício de Sousa, Pedro Bandeira e os romances da literatura americana — prova de que o gosto literário por aqui é tão diverso quanto enriquecedor.
Hoje, o Rafael representa todos os pequenos leitores que fazem da Biblioteca um lugar vivo, cheio de histórias, sonhos e descobertas. Que este Dia Mundial do Livro inspire muitos outros “rafaéis” a se apaixonarem pelas páginas que mudam o mundo — uma história de cada vez.